
Meu caso literário, o mais dileto, é objeto direto
E para ele são minhas orações coordenadas
Usualmente, ao discorrê-lo me arrisco e submeto.
Composto, pretérito perfeito beira a gerúndio
Aposto, explica-se em hipérboles e não redunda
Singular e plural, artigo indefinido nem é infortúnio
O meu caso muito amado nunca pouco me deslumbra.
Lembro-me, certa vez lhe pedi um aceno de esperança
Intimamente, ao largo de si me permitiu um sorriso
Tinha gosto de ser livre e tomou o meu, era uma dança
Espírito solto no indizível e no plausível
Rara energia, fração de carbono sem cópia...
Ah! O pedaço que me escorre dos dedos... inexaurível
Rápido transcende, volta e se perde no caminho a meio
Itinerário de vagos alcances, caso completo seria um cordel
Ou uma ode a espelhos e ciclopes, tema final... não creio.
Dedicado à Cau Alexandre.