sábado, 15 de outubro de 2011

Voz Para Uma Interrogação









Sempre ao tentar penetrá-lo
seu silêncio desaba no meu

eu não sei se há mentira
na voz que emudece, então

Os muros nos quais
ainda assim eu mergulho
são como uma noite intensa
sem transição

De sua distância à minha
perco-me inúmeras perdas
e querer entender isto
é como esperar um cometa
que me caia nas mãos

Não sei porque entardeço
em um ar que me abafa

Se dependência e obrigação
ficam  à verossimilhança de amor
o silêncio é tangível
e nós, resposta sem questão.





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