sábado, 28 de julho de 2012

Desencontro











Chegou pontualmente
vinte e quatro horas
antes de um dia marcado

Eu o chamei
de o que podia ter sido
noite que o sol
esgarce a olhos abertos

dois átimos para a madrugada

Por tão preciso
no passo que veio
chamei de amor perfeito
o travesseiro amassado
justo e posto no lado da cama

De comunhão
chamei as maçãs
que não se morde às pressas

De costume
rotinas contadas passando
como novas conhecidas

No entanto
para chamar de vela
alguém tinha querido
minha alma navegando
a meio mastro

Foi sem jeito a demora
desde então me chamo
do que a saudade empresta.








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