Não era um morto, mas só.
Respeitem a solidão desse corpo
que precisou ser conquistada
dia a dia nas caras fechadas
no não que se dá a quem é ninguém
na mentira contumaz pro tostão
pra pedra, aguardente e pão.
Respeitem o que virou corpo
que para ser gente adota um cão.
Não era um corpo, mas só.
Respeitem a solidão desse morto
que precisou ser conquistada
dia a dia na postura empertigada
no sim que se dá a quem é alguém
na reverência contumaz pro milhão
pros outros, à outra, pro pão.
Respeitem o que nasce morto
que para ser gente compra um cão.
Respeitem a solidão desse corpo
que precisou ser conquistada
dia a dia nas caras fechadas
no não que se dá a quem é ninguém
na mentira contumaz pro tostão
pra pedra, aguardente e pão.
Respeitem o que virou corpo
que para ser gente adota um cão.
Não era um corpo, mas só.
Respeitem a solidão desse morto
que precisou ser conquistada
dia a dia na postura empertigada
no sim que se dá a quem é alguém
na reverência contumaz pro milhão
pros outros, à outra, pro pão.
Respeitem o que nasce morto
que para ser gente compra um cão.