Mas,
é que as coisas
tão grandes
que existem
às cegas
entortam, suave,
girassol no campo
acendem pirilampos
depois de temporais.
As coisas
tão grandes
que não quebram
cabem distante
no passo curto
de uma criança
pela mão de um velho
a caminhar
fosse ele começando.
As coisas
tão grandes
que encandeiam os dias
são feito renúncia de amor
por excesso de amar
e sendo assim
perdidas da vista
existe o dia
que esse dia chega e fica
como se passando.
As coisas
tão grandes
que não se ouve
ainda estão bem ali
entre o dó e o dó
na escala do pensamento
dos que tem música
acontecendo.
As coisas
tão grandes
que não se vê
nem se toca
não se sente
nem se ouve
são extensas demais
para esperar.