quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O Político







Queria que o País fosse uma valsa
e para isso usou fachada de escola falsa.
Só queria que seu lugar tivesse respeito
e foi assim que violou direitos.
Queria que seu País saísse da penúria.
Começou a erguê-lo pelo braço da paúra.
Queria que seu povo fosse curado.
Sorte a doença ceder na justiça do Mandado.
Queria apenas que seu País fosse seguro.
Cotas para a polícia e inocência em apuro.
Seus olhos azuis quase tudo avistava
porém não conseguia ver a própria aura.
Gostava da altivez de sua imagem
burilada por cinzéis de marketing.
Aos pedaços fez-se um mito
para um povo midiático-comovido.
Deu-se o mais justo dos milagres.
Deus ungiu o mito morto para que ele o salve.





segunda-feira, 25 de agosto de 2014

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Liturgia do Poema





Creio na sílaba
no fonema
Creio na saliva
no dilema
Creio na rima
na sinonímia

Venéreo é todo drama
onde a saliva se derrama
Toda farsa
onde a língua se entrelaça
Algo a recordar entre
o depois e a cama

Creio no holograma
feito fuga ao cinema
onde a ficção é real
Em dúvidas no varal
Dívidas na moral
Que tanto valem os orifícios
quanto os sacrifícios

Creio na alma
que o Sol não cora
Na morte
que é quando a alma vai embora
Creio na morte
sobre todas as coisas
e na vida sob todas as formas
Poemas são abstrações vesgas.






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