domingo, 12 de abril de 2009

Alma Em Carne Viva






Do mar, conchas, algas e monstros
juntam-se espectros do sol oblíquo
Sopro do vento se indo ao seu canto
por entre as vidraças dos dias a fio.

Ermo de espumas em si se desfaz
tão breve qual devaneio indigente
cobrindo ao léu a existência fugaz
de gente em postas de tanta gente.

Acima de pedras de sal e do lodo
vagueiam sem chama, olhos de alívio
e a pressa do resto do nada todo
gravita infinita vontade invisível.

De perto, quase perfeito engano
Mar e maio de quimera vencida
Jamais se extingue em seu todo
Mas, deixa a alma em carne viva.




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