sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Amor...









É ainda essa lentidão de espera
tentando fazer em um só sábado
os bem-me-queres da primavera
dele mesmo, um ato consumado.

E eu pensei distinguir nos amores
de tanto guardados tido perdidos
a errática além de ou aonde fores
um luto azul para ser usado rindo.

Mas o que é essa tal essencialidade
senão a calma com que a ferimos?
Raspando a alma por uma verdade.

Imenso ou precário, todo ou em parte
nem por pretensão a ele despedimos
Dias, é cansaço, mas em outros, arte.



Tela de Cecilia Braun






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