terça-feira, 29 de setembro de 2015

Requiem Aeternam




Luto para a minha sina!
Me virei de baixo a cima
me lanhei por todo lado
e confesso de bom grado
nesse cerco aglomerado
com o próximo na esguelha
essa cautela só espelha
o receio do espólio
no deslocamento inglório
de clandestino abandonado
em solo firme e ressecado.

A mortalha dessa sina
me despe e me sublima
me confunde no cercado
quem sabe fosse um manto
se eu tivesse rezado manso
nos altares da mesma altura
que se elevam na usura
colorida de neon
de estar bem com o bom Deus
e bem com o Diabo bom.

E assim ajoelhada
com a alma consternada
nos três altares de redenção
me imolar, ser comunhão
Pais Nossos ao desejo
em contratos de fé e preço
Salve Rainhas para o dinheiro
onde o Pai impresso e louvado
paga inclusive trabalho explorado
Aves Maria para o Pai
distraído a não poder mais
que se está com o assassino
abandona a la française
a vítima que lhe implora
se pune, inquire e chora
sendo sempre perdoado
sem cometer nenhum pecado
em ter trocado bem por mal
feito fosse predador irracional.






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