Os meus caminhos
necessitam do mar
Há tanta água no mundo
e só dois olhos para olhar
É tanta vida escondida
e tanta minha a estiar
Quando eu
me falte aos meus fluidos
nem murmúrios
nem ruídos
me deite no corpo salgado do mar
ele há de reconhecer-me ao voltar
Fotografia: Jeanne Chaves