
I -(Tudo que há, já foi e será)
Sonhos são ofícios laboriosos.
Afronta meus dias prcebê-lo.
Escritura tão comprida de tudo que é genoma.
Alinhadas as letras sem sentido visível
e, contudo, indefectível - mente,
fecham completo o molde do rosto dado a alma.
Fecham concretos,
Concretos milagre e surpresa.
ll
O incógnito amedronta.
Cativa amêndoa na cripta densa do caroço,
a boiar em sábia ignorância de se será travo,
ou doce, ou ácido, o sabor da mordida,
eis que no aleatório algoritmo que há,
aquela é travo, é doce, é ácida e mesmo assim,
ainda assim, ainda que... se morde.
Engolir. Essencial.
Por doçura, pelo amargo, pelo azedo, a alma saliva.
lll -(Movimento de chão, semente e árvore é sombra)
Rumo e prumo da ausência contrafeita de tantos sonhos.
Momento derretido breve levou em seus ponteiros
luz de fruta carnuda e víscida de outras inconscientes,
degustadas tolas, na boca da espera entorpecida.
Por quais épocas o ponteiro ladino escondeu que já são,
da mesma carne e cerne,
concepção e lutos?
Garganta perenal.
Tanto distinto gosto.
IV
Quando em quando,
me atiro com força nas sinapses de vento e areia.
E quando sobes, Sol em meu corpo,
pontilhas de candura o fundo da cripta.
Por que de quando em quando,
sou chão, semente, árvore e fruta das vezes em que és Deus,
indo e vindo em lamento, do que em orbe é hirto tormento e vigília.
V (Estática do Tempo é o intervalo entre vida e morte, a lógica do Espaço é o movimento)
Vem,
quero ter tido teu corpo lavado na água límpida de um jarro de barro,
assim que o tempo envelheça tanto, mas tanto ,
que nas paredes do vento permaneçam sozinhos,
o chão, meu ventre e a sombra movediça do movimento.
Deixa-me ver a cara Dele atônita.
Vem,
por tudo o que é mais sagrado.
Vem,
Por tudo que é de pecado.
Sejas rápido.
A eternidade nos espreita e cospe.
E eu levarei em mim,
para ela,
sorriso em riste,
o amor de minha vida e de minha morte.
Germe que brota fenecendo.
Pois que se frustre!
Sonhos são ofícios laboriosos.
Afronta meus dias prcebê-lo.
Escritura tão comprida de tudo que é genoma.
Alinhadas as letras sem sentido visível
e, contudo, indefectível - mente,
fecham completo o molde do rosto dado a alma.
Fecham concretos,
Concretos milagre e surpresa.
ll
O incógnito amedronta.
Cativa amêndoa na cripta densa do caroço,
a boiar em sábia ignorância de se será travo,
ou doce, ou ácido, o sabor da mordida,
eis que no aleatório algoritmo que há,
aquela é travo, é doce, é ácida e mesmo assim,
ainda assim, ainda que... se morde.
Engolir. Essencial.
Por doçura, pelo amargo, pelo azedo, a alma saliva.
lll -(Movimento de chão, semente e árvore é sombra)
Rumo e prumo da ausência contrafeita de tantos sonhos.
Momento derretido breve levou em seus ponteiros
luz de fruta carnuda e víscida de outras inconscientes,
degustadas tolas, na boca da espera entorpecida.
Por quais épocas o ponteiro ladino escondeu que já são,
da mesma carne e cerne,
concepção e lutos?
Garganta perenal.
Tanto distinto gosto.
IV
Quando em quando,
me atiro com força nas sinapses de vento e areia.
E quando sobes, Sol em meu corpo,
pontilhas de candura o fundo da cripta.
Por que de quando em quando,
sou chão, semente, árvore e fruta das vezes em que és Deus,
indo e vindo em lamento, do que em orbe é hirto tormento e vigília.
V (Estática do Tempo é o intervalo entre vida e morte, a lógica do Espaço é o movimento)
Vem,
quero ter tido teu corpo lavado na água límpida de um jarro de barro,
assim que o tempo envelheça tanto, mas tanto ,
que nas paredes do vento permaneçam sozinhos,
o chão, meu ventre e a sombra movediça do movimento.
Deixa-me ver a cara Dele atônita.
Vem,
por tudo o que é mais sagrado.
Vem,
Por tudo que é de pecado.
Sejas rápido.
A eternidade nos espreita e cospe.
E eu levarei em mim,
para ela,
sorriso em riste,
o amor de minha vida e de minha morte.
Germe que brota fenecendo.
Pois que se frustre!