
***************Cau Alexandre & Jeanne Chaves****
Poema entalado
entre a garganta e a mão,
não pinga, nem jorra ou escorre,
é sempre sede e mais um se não...
é nó no poço do pensamento,
sem entornar uma única gota
onde se afogue em carícia
a mão desaguada sentimento.
É ave sem ninho no inverno,
sem eira nem beira onde possa pousar,
é a fuga do tempo deixando a poeta
Poema entalado
entre a garganta e a mão,
não pinga, nem jorra ou escorre,
é sempre sede e mais um se não...
é nó no poço do pensamento,
sem entornar uma única gota
onde se afogue em carícia
a mão desaguada sentimento.
É ave sem ninho no inverno,
sem eira nem beira onde possa pousar,
é a fuga do tempo deixando a poeta
desnuda de si, de espaço e lugar.
É borrasca sem mar para escoar.
É borrasca sem mar para escoar.