
Felicidade não é quando a melancolia esmaece
nem quando o desalento perde a persistência.
Não é, igualmente, a comemoração pela tristeza
desprezada a um momento em que não acontece.
É quando eu, sentada à entrada da tua alma,
me dás a olhar lugares sabidos, antigo
com a surpresa de trilhar caminhos antes
despercebidos, estou bem ali e mais nada.
Felicidade é quando a madrugada em seu rito
cantante de primeiros pássaros de todo dia
pousa na janela (meus olhos voam nos teus)
e apenas tu, eu e a felicidade sabemos disso.
Dedicado à Cau Alexandre