sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Desvencilhanças




Interrompemos o curso da tarde
e nele a praça não mais corria vazia,
alí, parada sob nós, como nós, em calma, ela urgia.
Teu riso na palma da mão e a mão na nuca,
aplacava velas acesas de antigas naus
Viesse a noite àquela tarde e a história seria igual.
Todos os verdes e amarelos e violetas dos canteiros...
Você disse: olha o arco-íris no chão, desse jeito,
na descoberta, minha face ficou em teu peito.
Sempre gostei do teu carinho vertical,
quando o tenho, me apetece perder-me na demora,
é quando, devagar, galgo todos os nossos degraus.
Aquela tarde estacionada não foi bolha de sabão,
Foi tempo necessário, roubado gostoso, à falta dele...
Juntando os nossos momentos como são.
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