sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Eterno





Agita-se no meio da tarde,
Chuva oriental de luz amarela.
Liquefeitos taças e pássaros.
Solta pelos olhos avistados à janela.
Horas de vozes fundidas em cartas,
Cheirando a laranjas inusitadas
Do fio infantil tecendo o dia,
Prescrito em tua boca abismada.

Dizendo-me de flores e sedas
Por entre fatos já lembrados.
Abro cadernos de ti tão certos;
Aços e arco-íris coagulados.
Desenhando terça em sextas-feiras,
Faço tão tua esta poesia, amado,
Como chuva atrasada já sentida
Talvez, riscos mal molhados.

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